Filho de terras ciganas

De raízes profundas e asas grandiosas

No ano do Dragão, na hora do Ângelus, Coração de Leão

Do vermelho da terra nasço

Paranauê Paranauê Paraná

União de contrários

Mistura de cores e de muitos amores

Minha estrada faço

Ogunhê!

Cavalo e cavaleiro

Eu, ao mesmo tempo, a fera e o guerreiro

Aqui se é o que se faz

Aqui estou e eu vim em Paz

E no verde da mata cresço

E no cinza concreto floresço

Em som, em luz, em cor

E liberto o pássaro voz

Antes preso na gaiola garganta

E canto o amor e a alegria

Com alegria e com amor

E firmo o passo

E tomo prumo

E como flecha certeira

Que não está aqui pra brincadeira

Sigo o meu rumo

De onde vim e pra onde irei

Escrevem em mim o que me tornei